27 de dez. de 2008
HÀ POEMAS EM MIM...
Meu ser não têm portas nem janelas,
mas fendas e um mundo de significados
e significantes que dignificam quem sou.
No coração há um verso,
em cada poema, um oceano que chora,
e anestesia meus desejos em anseios.
Meu coração tem a intensidade que a vida ofereceu.
26 de dez. de 2008
INCERTEZAS
19 de dez. de 2008
DAS MARGENS
tela/Picasso
Meu poema nao é feito da água dos rios,
mas das lágrimas que as águas dos rios não levam.
Tenho um poema de urgências que me reinventa
à cada margem da vida.
Tudo em mim é líquido.
Meu poema é líquido.
Meus oceanos vazam enquanto nado em desertos.
Suo e sou a liquidez das manhãs
transbordando incêndios em silêncios.
Em mim, celebro um poema.
Dentro de mim, líquido, mora um poema.
11 de dez. de 2008
8 de dez. de 2008
ANJOS TÊM ASAS QUEBRADAS
2 de dez. de 2008
1 de dez. de 2008
AFETO
tela/Pablo Picasso
Para Meus filhos, Juliana e Gabriel
e Thereza Christina Roque da Motta
Meu corpo é feito de afetos.
É feito de tudo que tem existência,
de tudo que gera uma vida.
Em meu corpo, duas sementes germinaram,
dois presentes, duas bençãos,
dois poemas que jamais sonhei.
Meu corpo é pleno, cheio.
Tudo nele significa.
É um corpo repleto de aberturas e limites.
Um corpo que se ajusta
e se encaixa com os anos
em pés que aprenderam a dançar sem chão
e mãos que tocam notas invisíveis num piano invisível.
Nesses dias, anoiteço mais cedo.
Deixo o vento do outono soprar sobre meu rosto
e a lua da manhã me recobrir de estrelas.
Nesses dias anoiteço dentro de pianos invisíveis.
adriana monteiro de barros
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