22 de jun. de 2009

SEMPRE SUA E ETERNAMENTE NUA


Foto/Atelier da Imagen

Dormirei pouco hoje
porque a noite é pouca
a madrugada é pouca
e o dia é imenso.
me dê sua boca
sua lingua
seu gosto
pois é tudo desejo
tudo beijo.
depois abra suas pernas
porque meu corpo está obcecado
e o coração adocicado.
me come, me faz de puta
e depois me abrace.
chegue assim sem pedir licença
se meta na minha vida
tire minhas roupas
e engula meus seios.
deixe eu invadir seu peito
quero gemer no seu pescoço
uivar nos seus ouvidos
te fazer de meu e me fingir de sua.
e antes que a lua me amanheça
me faça sua refén
depois eu juro que vou embora.

@mb

9 de jun. de 2009

CERTAS (in) COERÊNCIAS




SIGO INDEFINIDA.

SILENCIOSA, DESFILO VERSOS,

NA CADÊNCIA DAS MANHÃS.

POR VEZES ENLOUQUECIDA,

EM OUTRAS SERENA,

PRECISO DESPIR-ME DE PENSAMENTOS

E FAZER VOAR DESEJOS EM VOLTA DE MIM.



by@mb

1 de jun. de 2009

ENTRE BOLAS DE GUDE E O INFINITO DO CÉU.


Foto/Valéria Simões

Outro dia, um desses dias especiais que não saem da memória, recebi do meu filhotinho, um poeminha lindo no dia das Mães. Dizia assim:

"Mãe, você é o pólem da minha flor.
O sangue das minhas veias e artérias.
Você é um dos neurônios do meu cérebro."


Então em homenagem ao Gabriel, o meu poema.

Dizem que homem não chora,
mas eu já vi homem chorar.
Vi um pequeno homem chorar
e choramos juntos.
Choramos pessoas, coisas e nós
choramos um mundo,
depois brincamos de esconder lágrimas.
Brincamos de esconder rios de lágrimas.
Meu menino tem todas as idades,
tem nos olhos um universo de sentimentos.
às vezes, escorrem águas.
Em outras brilham,
mas nos olhos do meu menino,
há, para sempre, o azul imenso
a romper os dias
e a atravessar as manhãs
do infinito céu de janeiro.