30 de mar. de 2009
SOBRE ALGUMAS COISAS DE MIM
Porque ainda sinto e respiro
Por todos os apesares
Por toda lágrima
Por todos os que amo e amam
Por todo encanto
Porque ainda canto
Por tudo que é mais sagrado
e o que não é mais...
Apesar do eterno e do efêmero
Do enterro e do medo,
VIVO!
20 de mar. de 2009
SUSTO
tela/RAUSH ROSEMBERG
Meu coração dormia quietinho.
Pensei que não fosse haver mais tempestades,
mas de todas as coisas,
é esta a que eu menos sei.
Tempestades de movimentos me dão medo.
O medo cresce dentro da gente .
cresce e afunda nosso barco.
Cresce onde os olhos doem e não podem mais ver.
Na gaveta do não-sei, eu guardo uma âncora.
Lançada ao mar, me fixa e me equilibra.
Se tempestades fossem outra calmaria,
se jorrassem do céu e não de mim,
se ao invés de chuva,
escorressem raios de sol pelos olhos,
eu acreditaria que lágrimas seriam água.
O resto é outra simentria.
18 de mar. de 2009
DAS MARGENS
Meu poema não é feito das águas dos rios.
Mas das lágrimas que as águas dos rios não levam.
Tenho um poema de urgências que me reinventa a cada margem.
Tudo nele é líquido.
Meu poema é líquido.
Meus oceanos vazam enquanto nado em desertos.
Suo e Sou a liquidez das manhãs que transbordam
incêncios em silêncios.
Em mim, um poema líquido , mora.
by myself
12 de mar. de 2009
REFLUXO
Não aprendi a me conter.
Ainda vazo. Infiltro.
Ainda derramo.
Deságuam em mim correntezas.
Mar aberto. Rios sem margens.
Viver é ato contínuo.
Ato reflexo e contínuo.
Forma de eternizar o presente.
E há muitas formas.
Todas elas me cabem.
Todas elas existem.
Umas desfolham. Outras me vestem.
Umas, outono. Outras, inverno.
Certas estações me vertem sendo água.
Certas pessoas me tranaspiram sendo quentes.
Acho que meu fluxo brota em letras.
Depois de escrever, eu jorro pro mundo.
by mylself
8 de mar. de 2009
OUTRAS VOZES
3 de mar. de 2009
Da série problemas pessoais...
arte/BASQUIAT
MEU CORAÇÃO É UM JORNAL DIÁRIO
ONDE ESPOCAM FASHES DE NÓS DOIS
EM MANCHETES EXPLOSIVAS
E EMPOEIRADAS DA METRÓPOLE.
ARRASTO COMIGO UM POEMA
QUE IMPRIMO NO CORAÇÃO
NA BUSCA INCESSANTE DE PALAVRAS
PARA SER ESCRITO.
NAVEGO A CANETA ÀS TARDES CINZENTAS
COM A CARA IMUMDA DE PERSPECTIVAS
MAS LAVADA DE CICRATIZES.
E QUANDO A NOITE CHEGA
COM SEUS OLHOS DE FERA
JOGO A LUA DE SAUDADES SOBRE TI
E ME ENGULO ADENTRO.
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