27 de nov. de 2009

SUJEITO HOMEM


Foto/ Arquivo da autora

Te peço licença meu filho mas
vou escrever um tantinho sobre você.
Vou te eternizar na poesia.
É nela que sei interagir
É através dela que invento o lugar
onde as palavras transcedem o escrito.
Te confesso que me assusta e me extasia
a continuidade da vida.
Essa utopia real que é a criação
entre tantos contratempos,
impulsos e sustos.
Assim, me regenero no enlouquecimento dos dias.
Pelo simples fato de você existir
e de fato, por naõ ser tão simples assim.
Ao teu lado me conecto novamente com a vida
que cresce num privilégio sem igual:
tão sua, tão minha,tão nossa,
tão breve mas tão linda!

23 de nov. de 2009

NEON

para Tavinho Paes pelo poeta e músico que é.

Não quero mais o amor dos fins de noite de um Baixo qualquer,
paixões transcedentais desse lixo emocional,
habitantes sem paralelos, em paralelas,
gente em transe, gente dormente, num papo sem calma, num papo demente.
Não, não quero mais o amor dos fins de noite de um Baixo qualquer.
Vou deixar que os dias me levem pro vão da vida
que eu levo de qualquer jeito cheia de nãos.
Me desfaço em pedaços, me traduzo literalmente em cacos.
Quem sabe da minha obsessão sou eu.
A cidade me dá claustrofobia
me engole e eu a vomito.
Não suporto o caminho dito e não feito,
a vida cotidiana e iráscivel.
por isto, no início, mato o desejo
e no fim, mato a personagem em mim.