22 de out. de 2008

MAREANDO


foto/olhares.com

Muito me perdi no mar.
Mesmo o mar é mais previsível e contínuo do que eu.
Eu não.
Eu transbordo e navego.
Eu me transformo.
Viro enchente e transbordo de desejos pelo mar.
Eu me transformo em enchente de desejos pelo mar.
Eu me afogo e respiro desejos pelo mar.
Mas até o mar é mais previsível e contínuo do que eu.
Eu não.
Nunca represo.
Nunca usina.
Eu navego.
Só represo o que não for movimento.
O que não for movimento....

A.M.B.

4 comentários:

Adrianna Coelho disse...


navega..
e transborda poesia
com sal!

lindo, adriana!
beijos

Cosmunicando disse...

e ao contrário do que dizem... sem represa há mais energia =)

beijos

Luciana Dau disse...

Belíssimo poema!
Saudades...
Bjs

Adriana Monteiro de Barros disse...

mas a vida só não é movimento minhas queridas, quando paramos para estacionar!
bjs meus anjos