27 de out. de 2008

A DOR DAS COISAS.


foto/google

Silêncio não é para os que falam baixo. Mas para os que sabem berrar baixinho.

Minha dor berra. É dor de alma,funda, dor de não ver.

Dor que não qualifica. Interrompe o ciclo. Muda o curso do corpo e da rima.

Minha dor é ser paciente comigo. Ser uma metáfora viva do que se cria.

Toda dor é humana. Desumano é o homem que ela abriga.

Toda dor se sabe só.

Chora só e sem verbo. Só e sem nome.

Quando falo em dor, falo meu tudo. Minha casa. Minhas coisas.

Sem ela não sou. Mesmo que continue sendo. mesmo que seja pra sempre.

A vida é um instante.

4 comentários:

Pedro Lago disse...

Por isso que devemos sair do corpo, transcender pela sustentação da poesia. Como você o faz lindamente.
bjs
PL

Adriana Monteiro de Barros disse...

um beijo enorme Pedro. Você é RARO!
adriana

Adrianna Coelho disse...


sabe, acho que a dor existe
para nos tornar conscientes
e tbm para nos aprofundar...
e é aí nesse espaço que a poesia também acontece...

adoro ler vc, sempre!
beijos

Pedro Lago disse...

Por isso fazemos poesia!!!
bjs