MEU PÉ DIREITO
as vozes que escuto são frias
como frio é o sangue que desliza pelos poros.
há dias conto os dedos do pé entre devaneios de coca-cola e algum prazer.
vivo a me quebrar
quebro a perna, cara, coração...
mas cara não se enfaixa se expõe a cicatriz.
então lenta e calmamente definho na veia
e nos veios dos descaminhos.
a monotonia dos dias chega de manso
como as coisas que ainda planejo fazer.
e quando a noite me cai com seus olhos negros
e me sobrevoa driblando tantas dores e outros gritos..
com ela vomito cicratrizes
e alguns cacos de vidro.
3 comentários:
lindíssimo poema amiga...maravilhoso.
Adorei! sou tiete mesmo...
Bjs,
Cris.
bjs meus queridos...a dor é mais suportável perto dos amigos.
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