5 de ago. de 2008

MEU PÉ DIREITO

as vozes que escuto são frias
como frio é o sangue que desliza pelos poros.
há dias conto os dedos do pé entre devaneios de coca-cola e algum prazer.
vivo a me quebrar
quebro a perna, cara, coração...
mas cara não se enfaixa se expõe a cicatriz.
então lenta e calmamente definho na veia
e nos veios dos descaminhos.
a monotonia dos dias chega de manso
como as coisas que ainda planejo fazer.
e quando a noite me cai com seus olhos negros
e me sobrevoa driblando tantas dores e outros gritos..
com ela vomito cicratrizes
e alguns cacos de vidro.

3 comentários:

Gean Queiroz disse...

lindíssimo poema amiga...maravilhoso.

Cris disse...

Adorei! sou tiete mesmo...
Bjs,
Cris.

Adriana Monteiro de Barros disse...

bjs meus queridos...a dor é mais suportável perto dos amigos.